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Com 635 mil médicos, Brasil sofre com má formação e desigualdade na distribuição

Má formação e desigualdade na distribuição dos médicos acentuam as dificuldades no o à saúde.

Apesar de o Brasil ter alcançado o maior número de médicos da história, com mais de 635 mil profissionais em atividade em 2025, o país ainda enfrenta graves problemas estruturais. A má qualidade na formação e a desigualdade na distribuição dos médicos acentuam as dificuldades no o à saúde, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. O dado consta na nova edição do estudo Demografia Médica no Brasil, realizado pela Faculdade de Medicina da USP em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB).

Enquanto capitais como Brasília e Rio de Janeiro apresentam índices bem acima da média técnica de três médicos por mil habitantes, estados como o Maranhão mal chegam a um terço desse parâmetro. Na região Norte, menos de 5% dos médicos do país atendem quase 9% da população. A concentração dos profissionais nos grandes centros urbanos deixa vastas áreas do território nacional com cobertura médica insuficiente.

Foto: Reprodução/PixabayMédicos
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O aumento acelerado no número de escolas médicas também levanta preocupações. De 2014 a 2025, o número de faculdades de medicina no Brasil ou de cerca de 250 para 448, o maior do mundo, com outras 60 instituições aguardando autorização ou em processo de implantação.

Para enfrentar os desafios na formação, entidades médicas defendem a criação de um exame nacional de proficiência, obrigatório ao fim do curso. O projeto de lei que trata do tema já foi aprovado na Comissão de Educação do Senado e segue em tramitação no Congresso. Outra proposta em discussão é a criação de uma carreira nacional para médicos, com concurso público, estabilidade e progressão funcional, como forma de estimular a fixação dos profissionais em áreas de difícil o.

A dificuldade de atrair médicos para regiões remotas também está relacionada à falta de infraestrutura e à ausência de programas de residência médica com qualidade suficiente. Mesmo com o crescimento no número de profissionais e a previsão de que o Brasil tenha mais de sete médicos por mil habitantes em 2035.

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