Rússia e Ucrânia aprovam troca de prisioneiros e corpos de soldados

Rússia e Ucrânia concordaram, nesta segunda-feira (2), durante negociações diretas realizadas em Istambul, com a troca de todos os prisioneiros de guerra gravemente feridos e dos soldados com idades entre 18 e 25 anos. Além disso, foi firmada a devolução mútua de 6 mil corpos de soldados mortos. O acordo foi anunciado pelo ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que destacou o caráter humanitário da medida. As tratativas aconteceram um dia após os maiores ataques aéreos já registrados entre os dois países desde o início da guerra.

Apesar do avanço em questões humanitárias, não houve acordo quanto a um cessar-fogo. A Rússia propôs uma trégua parcial de dois a três dias em determinados setores do front para a retirada dos corpos dos soldados. Kiev, no entanto, insiste em um cessar-fogo total. “O lado russo continuou a rejeitar a proposta de cessar-fogo incondicional”, afirmou o negociador ucraniano Sergei Kislitsia.

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A Ucrânia também sugeriu uma nova rodada de negociações entre os dias 20 e 30 de junho, com a expectativa de viabilizar um encontro direto entre os presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin — proposta ainda recusada por Moscou.

Durante a reunião, a Rússia apresentou um memorando com propostas para um cessar-fogo, que incluem como pré-condição a retirada das tropas ucranianas das quatro regiões cuja anexação é reivindicada por Moscou. Do lado ucraniano, foi entregue à delegação russa uma lista de centenas de crianças supostamente deportadas pela Rússia, com exigência de repatriação. As conversas ocorrem sob pressão internacional, especialmente dos Estados Unidos, cujo Donald Trump, prometeu agir para encerrar o conflito.

Após a reunião, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reiterou seu desejo de sediar uma cúpula com Zelensky, Putin e Trump. “Meu maior desejo é reunir Putin e Zelensky em Istambul ou Ancara, e até mesmo trazer Trump para o lado deles, se eles aceitarem”, declarou. A Casa Branca afirmou que Trump está aberto à possibilidade, embora tenha criticado duramente ambos os lados pela falta de avanço nas negociações. Recentemente, o presidente americano classificou Putin como “absolutamente LOUCO” e estuda impor novas sanções à Rússia.