Vivemos em uma era digital, em que o o à informação e ao entretenimento está a um clique de distância. Mas por trás dessa aparente facilidade, existe um perigo silencioso que ameaça diretamente o desenvolvimento emocional e psicológico de nossas crianças e jovens.
A infância e a adolescência são fases de formação. É nesse período que se constrói o caráter, a identidade, os valores e os sonhos. No entanto, a internet, com sua velocidade e excesso de estímulos, tem alimentado uma geração que quer tudo pra ontem. Tudo precisa ser imediato. Ninguém quer mais ar pelo processo para conquistar um propósito. E essa mentalidade é extremamente perigosa.

As redes sociais, por exemplo, expõem diariamente crianças e adolescentes a um mundo de aparências. Lá, os influenciadores mostram apenas os melhores momentos — vidas "perfeitas", corpos "perfeitos", viagens, fama e sucesso. Mas o que não se vê são os bastidores, as dificuldades, os fracassos e as lutas diárias. O jovem, ainda imaturo e em formação, tende a acreditar que aquela vida mostrada na tela é real e comum — e começa a desejar aquilo para si.
A frustração surge quando a realidade bate à porta. Quando percebem que as coisas não acontecem com a mesma rapidez nem com a mesma perfeição que veem na internet, muitos jovens mergulham em sentimentos de incapacidade, inadequação, ansiedade e até depressão. A comparação constante com o “mundo perfeito” das redes sociais corrói a autoestima e desequilibra a saúde mental.
Precisamos urgentemente educar nossas crianças e adolescentes para o uso consciente da internet. Ensinar que a vida real exige esforço, paciência, frustrações e superações. Que o sucesso verdadeiro não vem com curtidas, mas sim com perseverança. E que tudo que é sólido leva tempo para ser construído.
Pais, professores e toda a sociedade têm um papel fundamental nesse processo. Precisamos estar atentos, presentes e, acima de tudo, dispostos a dialogar. A internet pode ser uma aliada poderosa, mas também pode ser um inimigo cruel — especialmente para quem ainda está em formação.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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