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Colunista Brunno Suênio
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PF aponta que mãe de Tatiana Medeiros mentiu ao assumir ter levado celular para a prisão

A Coluna obteve as informações dos dados extraídos do celular apreendido com a vereadora.

Dando continuidade às reportagens sobre o conteúdo dos dados extraídos do celular apreendido com a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) dentro da sala de Estado Maior, no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí, onde ela se encontrava presa, a Coluna divulga mais detalhes do relatório produzido pela Polícia Federal. Segundo a PF, há fortes indícios de que o aparelho tenha sido entregue por um advogado e não pela mãe da parlamentar, Maria Odélia Medeiros, que chegou a assumir a autoria do fato.

O celular modelo iPhone 16 Pro Max foi apreendido no dia 20 de maio em posse de Tatiana Medeiros, junto com um tablet. Três dias depois, a mãe da vereadora afirmou à Corregedoria da Polícia Militar do Piauí que havia levado o celular para a filha.

Foto: Reprodução/InstagramTatiana Medeiros e a mãe
Tatiana Medeiros e a mãe

Após reter os aparelhos, a PF conseguiu na Justiça a quebra do sigilo telefônico e de dados telemáticos do iPhone e a partir das informações levantadas foi confeccionado um relatório que detalha todos os contatos mantidos pela parlamentar.

Os investigadores concluíram que a parlamentar estava em posse do celular desde 7 de abril, dia em que ela fez a primeira interação no WhatsApp.

Lista de visitantes

Além dos dados telefônicos, a PF conferiu a lista de pessoas que visitaram Tatiana na sala de Estado Maior. Segundo essa relação, Maria Odélia foi ver a filha nos dias 5 e 6 de abril, e os investigadores verificaram que Tatiana fez uso do WhatsApp pela primeira vez somente no dia 7, às 17h44. Nessa data, ela recebeu visita de um advogado.

“Isso levanta a hipótese de que os aparelhos podem realmente ter sido entregues por um advogado, dado a proximidade da entrega para a efetiva utilização do aparelho”, diz o relatório da Polícia Federal.

Contatos

Ainda conforme a Polícia Federal, Tatiana Medeiros manteve contato com a mãe, uma tia, com assessores e advogados e outras pessoas próximas.

Prisão domiciliar

Tatiana Medeiros deixou o Quartel do Comando-Geral da PM-PI na tarde dessa terça-feira (3), após decisão da juíza Júnia Maria Bezerra Feitosa Fialho, da 1ª Zona Eleitoral de Teresina, que concedeu prisão domiciliar para a vereadora. Ele foi alvo da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal, que investigou a utilização de recursos oriundos de facção criminosa para financiar sua campanha eleitoral de 2024.

Suplente assume

Nesta quarta-feira (4), o suplente de Tatiana Medeiros, Leôndidas Júnior (PSB), assumiu a vaga da vereadora na Câmara Municipal, seguindo o prazo de 60 dias após o afastamento da parlamentar.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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